Duas coisas contribuem para o elevado estado de degradação moral e espiritual que atingiu a minha produção, quer científica quer de trabalho remunerado, de qualquer maneira quase sempre desembocando, neste sistema capitalista em que vivemos, em euros negativos - perdidos ou endividados - e que me fez ficar, mais uma vez, entalado:
1. O mais profundo desrespeito e desconhecimento por uma coisa chamada 'disciplina'.
2. A noção, idealista, para não dizer romântica suicida, de que o trabalho iniciado nunca sairá perfeito, e que portanto não terá sucesso no mundo exterior que, imagine-se, eu também imagino perfeito.
3. (afinal são mais que duas) O pânico de última hora resolve questões burocráticas, é certo, mas conduz a uma grande confusão mental e dificilmente produz resultados construtivos ou de algum modo acumuláveis.
E agora volto ao trabalho de última hora!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
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4 comentários:
Sobre essas ansias de perfeicao e inimizade com a disciplina, sofremos todos um bocado do mesmo. Eu pratico a procrastinacao aplicada: escrevo tds os meus artigos sem importancia nenhuma antes de escrever a reportagem da semana, porque abomino o momento em que, passado ao papel, o artigo deixa de ser uma possibilidade, aberta, criativa, candidata ao Pulitzer das historias cat-up-a-tree, e passa a ser uma banalidade com as virgulas no sitio. Por causa disso, escrevo sempre os artigos mais importantes ah pressa, em cima do risco, e nunca tenho tempo de os trabalhar o suficiente para serem candidatos ao Pulitzer de Serafins de Hollywood. Nao eh linda, a forma como uma pessoa se boicota a si propria?
era isso...
:-)
Tão giros e especiais que eles são! :p
Vão trabalhar, malandros!
a disciplina será sempre a esfarrapada desculpa dos que nada produzem durante o pânico de última hora.
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