sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pedrafita do Cebreiro

o cebreiro é o topo do mundo
os amores terrenais ficaram para trás, espalharam-se, derramados pelas encostas, levados pelos regatos, partidos nos caminhos pedregosos e lamacentos, perdidos nalgum bosque encantado de válcarcel, abrasados nas agruras da estepe castelhana, esquecidos no alcatrão sem fim.
O sofrimento e a paixão transfiguraram-se em suor, dor, sangue, fome e sede, mas agora nada são.
Uma vez subidos ao céu nada mais nos limita nem demove. A estrada é nossa, livres do apego e da tortura
respiramos livres, livres para sempre...

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