O que dói mais é o que vemos menos. O que custa mais não é a frustração do desejo, mas compreender nas entranhas que a intimidade é e será sempre impossível. Tudo tem limites: o amor, a compaixão, a partilha. Todos eles resto e recheio ao mesmo tempo. Todos eles dinâmica aleatória das circunstâncias, do jogo do mais e do menos que só é mais e menos segundo determinada perspectiva, durante um certo período de tempo num espaço sempre limitado. A comunicação constantemente enviesada pelos sentidos de quem a faz existir. Nisso, continuo a dizer, a física quântica anda cheia de razão: o que existe é aquilo que se vê, que se toca, que se mede, sem nenhum ponto privilegiado de observação.
Se ao menos fossemos imortais, seríamos sozinhos para sempre.
sábado, 29 de dezembro de 2007
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